O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) rejeitou o recurso apresentado pela defesa de Marcelo da Silva, acusado do assassinato da menina Beatriz Angélica Ferreira Mota em 2015. O MPPE reafirmou a necessidade de realização do júri popular, buscando que o acusado seja julgado e a Justiça decida sobre sua condenação.
Beatriz foi morta em dezembro de 2015 com 42 facadas durante uma cerimônia de formatura no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Petrolina. O pedido do MPPE foi emitido pela 7ª Promotoria de Justiça Criminal de Petrolina.
Na pronúncia, o Judiciário afirmou que existem provas materiais do crime e indícios suficientes para responsabilizar Marcelo da Silva pelo assassinato. A defesa buscava anular o júri, contestando questões processuais e argumentando falta de base probatória. O MPPE defende que a produção probatória seguiu as normas legais, comprovando a autoria do crime.
A promotora de Justiça Jamile Figueirôa Silveira Paes destacou que há indícios sólidos de autoria em desfavor do réu, e cabe ao Conselho de Sentença o julgamento do caso. A defesa também havia solicitado o deslocamento de competência para a Justiça Federal, mas o MPPE argumenta que o acusado não demonstrou ameaças ou violações de seus direitos que justificassem essa mudança.
O assassinato de Beatriz ganhou notoriedade, e Marcelo da Silva foi denunciado em 2022 pelo MPPE. A resolução do caso começou em 2022, seis anos após o crime, quando a Polícia Científica identificou o suspeito por meio de exames de DNA encontrados na faca utilizada no assassinato. O material genético foi comparado com 124 pessoas suspeitas, levando à prisão de Marcelo, que chegou a confessar o crime.