O empresário Fernando Santos, uma figura proeminente na sexta geração da família que lidera o renomado Grupo João Santos, viu-se agora enredado em um revés legal significativo. A 9ª Vara Criminal da Comarca de Teresina emitiu uma sentença condenatória impondo-lhe 13 anos e 4 meses de reclusão por crime contra a ordem tributária. Surpreendentemente, a decisão, datada de 5 de março, só foi tornada pública nesta quinta-feira (21).
A pena a ser cumprida por Fernando Santos é de regime inicial fechado, impondo ainda 220 dias-multa, calculados com base em um trigésimo do salário-mínimo vigente. Além disso, a sentença determina que o empresário repare o dano material causado, fixando o valor mínimo em impressionantes R$ 979.797,63, conforme disposto no art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.
Não é a primeira vez que o Grupo João Santos se vê envolvido em controvérsias legais. Em janeiro deste ano, 26 membros do conglomerado foram acusados de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, lançando uma sombra ainda mais escura sobre a reputação da empresa.
O ano de 2021 foi particularmente tumultuado para o grupo, proprietário de mais de 40 empresas, incluindo a renomada Cimento Nassau. A Operação Background, conduzida pela Polícia Federal, concentrou-se nas atividades do grupo, revelando uma teia complexa de crimes que abrangiam desde sonegação fiscal até infrações trabalhistas.
As investigações da operação desvendaram práticas ilícitas, como a transferência de recursos entre as diversas empresas do conglomerado, uma estratégia supostamente utilizada para evitar o pagamento de impostos e direitos trabalhistas devidos aos funcionários.
Diante desses desdobramentos, o futuro do Grupo João Santos e de seus líderes permanece incerto, enquanto o espectro da justiça continua a pairar sobre suas operações